Você já ouviu falar em ultrassonografia testicular? Conhece alguém que já fez? Esse exame de imagem é um grande aliado no que se refere a possíveis problemas no aparelho reprodutor masculino. Isto porque ele ajuda no diagnóstico de diversas situações que podem prejudicar a saúde geral e reprodutiva dos homens.

No texto a seguir você vai saber mais detalhes sobre este exame, quando é indicado, como é feito, e de que forma impacta na saúde masculina. Boa Leitura!

O que é Ultrassonografia Testicular?

A ultrassonografia testicular é um exame de diagnóstico por imagem usado para avaliar o aparelho reprodutor masculino. Nesse sentido, identifica alterações anatômicas e funcionais nos testículos ou nos vasos sanguíneos que os nutrem.

Desta forma, a ultrassonografia testicular é especialmente importante para avaliação da capacidade reprodutiva masculina e para o diagnóstico de problemas que possam levar à infertilidade.

O que são os testículos? Qual sua função?

Os testículos são glândulas sexuais masculinas, formados por milhares de tubos finos e enovelados chamados túbulos seminíferos, onde acontece a produção de espermatozoides.

Este processo conhecido como espermatogênese inicia na puberdade, por volta dos 12, 13 anos, e segue por toda a vida, diminuindo na velhice. Desta forma, a partir do momento que o homem produz espermatozoides ele se torna fértil.

Nesse sentido, os testículos estão localizados na bolsa escrotal que fica na parte externa do corpo. Como o calor excessivo prejudica a produção de espermatozoides, a função do escroto é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do organismo (34,4 graus célsius).

Além disso, também é nos testículos que se encontram as células intersticiais ou células de Leydig, que produzem a testosterona. Este hormônio masculino está relacionado ao crescimento da barba, engrossamento da voz, aumento da massa muscular e à fertilidade do homem.

Indicações para a Ultrassonografia Testicular

Como vimos, a ultrassonografia testicular é um exame que possibilita importantes informações sobre a saúde masculina. Desta forma, é normalmente solicitado como complemento diagnóstico em casos quando há alterações nos parâmetros do espermograma.

Nesse sentido, muitos achados no exame de ultrassom podem ser tratados com medicamentos ou cirurgia. Entretanto, quando a fertilidade masculina não pode ser recuperada, será preciso recorrer a técnicas de reprodução assistida para ter filhos.

Veja alguns sintomas que indiquem necessidade de fazer a ultrassonografia testicular:

- Dor nos testículos;

- Dor durante a relação sexual ou ao ejacular;

- Nódulos nos testículos ou virilha;

- Alteração do volume dos testículos e possível assimetria;

- Inchaço e sensação de peso na bolsa testicular;

- Secreção peniana;

- Veias dilatadas nos testículos.

Conheça os problemas que podem ser diagnosticados através do ultrassom testiculares:

- Varicocele;

- Hidrocele;

- Hérnia inguinal;

- Tumores testiculares;

- Torções testiculares;

- Criptorquidia;

- Trauma escrotal;

- Atrofia testicular;

- Agenesia total ou parcial de epidídimos;

- Microcalcificações;

- Infecção;

- Cisto benigno.

Como é realizado o exame? (alterei o lugar)

A ultrassonografia testicular é um exame indolor, não invasivo e bem simples de ser realizado. Desta forma, o paciente fica deitado, com a bolsa escrotal exposta, e após aplicar um gel, o médico desliza um transdutor linear de alta frequência pela região, em um segundo momento o paciente fica na posição em pé, para complementar a procura por veias dilatadas. Este processo gera imagens que são visualizadas em um monitor de grande resolução.

Desta forma, a ultrassonografia testicular é considerada um exame de baixa complexidade, pois não usa radiação, e assim, não representa risco ao paciente. Normalmente realizado em clínicas de imagem ou departamentos de radiologia hospitalar, não requer preparo prévio ou cuidado pós-exame que dura em média 30 minutos.

Ultrassonografia Testicular e Reprodução Assistida

Na área da reprodução assistida, a ultrassonografia testicular tem papel fundamental para determinar se há causas de infertilidade no fator masculino. Nesse sentido, a partir do diagnóstico preciso é possível escolher o melhor caminho para combater a dificuldade do homem em conceber.

Desta forma, há técnicas específicas para lidar com diferentes casos de infertilidade masculina. Assim, quando há alterações espermáticas leves na morfologia (teratozoospermia) ou na motilidade dos espermatozoides, é possível realizar uma inseminação artificial. Já em casos mais graves como azoospermia, o indicado é partir para o tratamento como fertilização in vitro (FIV) e ICSI.

Inseminação artificial

A inseminação artificial (IA) é muito usada em casos de infertilidade masculina e feminina com taxa de sucesso em torno de 20%. Nesse sentido, o tratamento consiste na introdução dos espermatozoides diretamente dentro da cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a fecundação do óvulo.

Também chamada de inseminação intrauterina (IIU), a técnica de baixa complexidade é indicada quando há leve alteração nos espermatozoides, e infertilidade sem causa aparente.

Fertilização in vitro (FIV)

A Fertilização In Vitro (FIV) é uma das técnicas de reprodução assistida de alta complexidade que tem ajudado milhares de pessoas a superarem problemas de infertilidade. Esse tratamento ficou conhecido em 1978, com o nascimento de Louise Brown, na Inglaterra, o primeiro bebê de proveta do mundo.

Desde então, a Fertilização In Vitro vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a realizarem o sonho de ter um filho. Nesse sentido, a técnica promove o encontro do óvulo e do espermatozoide em laboratório, fora do corpo da mulher, facilitando que ocorra a fecundação.

Desta forma, os embriões formados são cultivados em meio de cultura, selecionados e posteriormente transferidos ao útero onde será gestado. Nesse sentido, com taxas de sucesso entre 20% e 50%, a FIV vem evoluindo muito e ajudando milhares de pessoas a ter um filho.

No entanto, as chances do tratamento dar certo depende de fatores como idade da mulher, reserva ovariana, receptividade endometrial, qualidade do esperma, entre outros.

Veja as etapas da FIV:

Estimulação ovariana

Com uso de medicamentos hormonais, a indução ovariana estimula que um maior número de folículos, que contêm os óvulos, cresça e amadureça. Dessa forma, é possível obter mais óvulos para serem fertilizados.

Durante o período de estimulação, realizam-se exames de ultrassonografias para acompanhar o crescimento dos folículos, até que estejam prontos para coleta.

Punção folicular

Quando os folículos alcançam o tamanho ideal, ocorre a coleta de óvulos através da punção folicular. Todos os folículos produzidos pelos ovários são aspirados por uma agulha bem fina, guiada pelo ultrassom transvaginal. O procedimento é simples e rápido e acontece sob sedação.

Coleta de Sêmen

No caso dos homens, o sêmen é coletado através de masturbação ou por punção testicular, quando não há espermatozoides no ejaculado. O próximo passo é selecionar os espermatozoides mais saudáveis e viáveis para a facilitar a fecundação.

Fecundação

No tratamento de Fertilização In Vitro, a fecundação ocorre em laboratório. Dessa forma, o encontro do óvulo com o espermatozoide para formar o embrião acontece fora do corpo da mulher, com a ajuda do embriologista.

Cultivo e transferência embrionária

Os embriões formados no laboratório são cultivados em uma incubadora por alguns dias, até serem transferidos para o útero materno. Isto acontece geralmente no quinto dia do seu desenvolvimento, D5, quando o embrião atinge o estágio de blastocisto. Em casos de exceção, pode ocorrer no terceiro dia, D3.

Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

A Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é um procedimento realizado durante a Fertilização In Vitro, quando a fecundação dos gametas ocorre em laboratório. Nesse sentido, todas as etapas acontecem da mesma forma que a FIV tradicional, mudando apenas a parte da fecundação.

Desta forma, na ICSI, um único espermatozoide pré-selecionado é introduzido diretamente dentro do óvulo, potencializando as chances de fecundação de 60% e 80%. Ou seja, nesta técnica existe a interferência direta do embriologista.

Assim, o tratamento ICSI é muito indicado quando o problema de infertilidade é causado por fator masculino, especialmente para casos de, astenozoospermia ou teratozoospermia.

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